sexta-feira, 1 de março de 2013

Cachorro

E lá estava eu, em um sábado á tarde, voltando do mercado. Peguei o elevador, e já dentro do elevador, ouvi um som, um choro. Mas não choro de gente, choro de cachorro. Seria um cachorro do prédio ? De que andar ? Talvez o poodle da síndica, do oitavo. Ou não. Aquela cadela era muito pomposa, filhinha de madame para estar chorando. O cachorro que chorava parecia estar realmente triste, realmente melancólico. Como o fantasma da ópera que vaga, sem rumo. Poderia ser daquele senhor do segundo andar, aquele que vive e fala sozinho. Ou da moça do quarto, aquela que nunca está em casa, aquela que sempre está trabalhando, podia ser. E ainda tem a famíla do primeiro, composta por uma mãe, um pai, e dois filhinhos com idade de cinco e oito anos. Aquela família, que parece nunca brigar, que até parece a família perfeita. Realmente poderia, mas vou pra casa que o elevador parou no meu andar, e a minha mãe precisa fazer almoço.

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